PORQUE SOFRES DANIELE, OU “TOC-TOC”, QUEM ÉS? DE ONDE VENS? QUEM TE OLHARÁ?

Em mais este Círio Nazareno, aquela jovem solitária que vaga trôpega, trajes andrajosos, alheia ao mundo que ha cerca, já a vários anos dorme nas calçadas, como do posto Fiscal, quem a aquece nas noites úmidas são os cães vadios? que lhe fazem companhia. Alguns chamam-na por Daniele, outros de “Toc-Toc”, pela mania de ela pronunciar palavras inteligíveis e socando às próprias mãos, como se quisesse na sua insanidade esmurrar o mundo, de tanto egoísmo e hipocrisia.
Cuja maioria, entidades oficiais, igrejas, até parentes não se dão conta de sua existência, uma vida que a qualquer momento pode se perder, de qualquer modo ela desapareceria, deixando de sofrer. Daniele não dá voto, nem mídia à opinião publica, disseram que desistiram dela, não teria jeito, mera desculpa esfarrapada, o mérito é consertar-se o difícil, não o fácil. Ora, seria fácil através de TVs, que alguém identificasse sua família, o Ministério Público questionaria o INSS para concessão do Beneficio de Renda Continuada, a deficientes, como meio da própria família cuidar dela, como ocorreu com a certa alcoólatra e deficiente que rondava a Feira. Esta mora no Samaumapara, cuidada por uma sobrinha, asseada, alimentada com desvelo, conforme a Tribuna documentou.

A solidariedade rara, ainda vem de gene humilde, banham-na, trocam-lhe as roupas. Não o poder público.