Caminhada contra a corrupção em Belém mobilizou sociedade paraense

A Caminhada contra a Corrupção, pela Paz e pela Vida reuniu, ontem, quase 15 mil pessoas no centro de Belém, conforme cálculo da Polícia Militar, no protesto contra a corrupção na Assembleia Legislativa do Pará. Organizações sociais, sindicais, religiosas, estudantis e alguns partidos de esquerda cobraram a instalação da Comissão Parlamentar de Inqúerito (CPI), que pretende apurar o assalto milionário aos cofres públicos. A indignação popular foi expressa em faixas, cartazes, balões, bandeiras, panfletos, apitaço, batucada e trios elétricos. O ato foi organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará (OAB) e teve o apoio das Organizações Romulo Maiorana.
O bom humor veio das fantasias de fantasmas, matinta-pereira, Super-Homem, presidiários e até um boneco gigante do ex-senador Jader Barbalho (PMDB) algemado.
O bispo do Marajó, dom José Luiz Azcona, defendeu que os deputados estaduais entreguem os cargos em nome da moralidade. "Deputados, muitos de vocês perderam a credibilidade. O povo do Pará não aguenta mais vocês na Assembleia. Afastem-se! Caiam fora!", reivindicou Azcona.
Os deputados Edmilson Rodrigues (PSOL) e Carlos Bordalo (PT) foram os únicos integrantes da 
Assembleia a comparecer à manifestação. O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, e da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, a senadora Marinor Brito (PSOL), o deputado federal Cláudio Puty (PT-PA), o vereador de Belém Alfredo Costa (PT) e a cantora Gaby Amarantos engrossaram a voz nas ruas pelo fim da corrupção. Até os dirigentes seccionais da ordem nos estados do Maranhão e do Amazonas, Mário Macieira e Fábio de Mendonça, vieram à capital paraense conferir a reação popular com a crise de repercussão internacional.
A concentração para a caminhada iniciou-se às 9 horas na praça Barão do Rio Branco, em frente à sede da OAB-PA. A caminhada uma hora depois e chegou ás 11 horas em frente à Alepa. As faixas e cartazes foram pendurados nas grades do Legislativo como um recado deixado aos deputados, incluindo um banner com as fotos de todos os parlamentares que ainda não assinaram a CPI. Militares da Cavalaria e do Batalhão de Choque guardaram o prédio. O protesto foi pacífico e plural. Não houve acidente, depredação ou violência. Muita gente exibia a cara pintada e o nariz de palhaço, lembrando os estudantes que, junto com outros movimentos sociais, conseguiu o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo, em 1992.






















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Parabéns pelo teu esforço de vir até Belém cobrir a passeata e também pela qualidade da matéria.

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